Me deixe, já disse, não vou.
Não insista, desista.
Não te levará a nada se continuares tentando.
É em vão, feito empurar porta vai-e-vém.
(Cuidado, pode sobrar na sua cara!)
Desista, vá embora.
Não demore mais aqui, é perda de tempo.
Eu não quero, me deixe.
Mas, só uma pergunta:
- Lá tem felicidade?
- De sobra!
- Então, me leve.
Tia Barbie,
ResponderExcluirMuito lindo o seu poema.
Uma prosa poética bastante amarrada, com o discurso condensado, focado, crescente e marcado por uma reviravolta no antepenúltimo verso. Uma peripécia (digamos) oriunda do expectro sentimental do eu-lírico.
O monólogo inicial demonstra a necessidade retórica desse eu-lírico em convencer a si mesmo do que diz, mas este acaba por falhar em sua obra e por entregar-se a tentação do vislumbrar da felicidade.
A solidão foi sucumbida ante o convite de uma vida mais plural(plural de dois, pois plural de um é um mesmo e este é justamente o plural do sozinho).
Não hei de negar que o inesperado final, adverso ao desenrolar caminhado, me faz ganho pelo seu poema. Bela tacada!
Adorei!
Beijos!
Dhú! =*